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segunda-feira, 16 de abril de 2012

sou como as águas mansas...



     Que fales da vida, das coisas, do hoje e das distrações. Mas se falas da morte, do destino, do desconhecido e do amor, então serás apenas mais um fútil ou alucinado. Já que não posso convencer o outro, então que eu convença a mim mesmo. Pois se muito tenho em meu interior e nunca me compreenderás, então pouco espero do mundo. Sou, pois, como as águas mansas, que escondem toda a sua profundidade, mas nao como as ondas do raso, que já nao assustam e, portanto, por todos frequentadas. Se eu fosse um compositor fariar-te, com estas palavras, uma canção, te tocaria mais afundo e tentaria, só mais uma vez, te convencer. Como nao sou, fecho, pois, meus canais de fora, sonhando com o dia, ou com a vida, em que alguém, valente o bastante, navegue em meu mundo. Se é falso, provas, te contarei todos os meus segredos, queres apostar? Mas se é verdade, e se és como os outros, em meu mundo não haverá lugar pra ti.

Rodrigo Santana da Fonseca Amorim.

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