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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Me encantas, oh musa!



Me encantas, oh musa! O teu ar de certeza, teus olhos distantes, sorriso perfeito e um jeito só teu. Tão cheia de si e de suas verdades; do momento, do agora, sem depois, sem amanhã.

O que eu não daria pra que fosses minha? Oh musa! Talvez o mar, a lua ou os ventos se fossem só meus, e não de todos os apaixonados.

Talvez se a noite não fosse seu palco, se seus olhos não refletissem a profundidade de sua alma, ou se fosses menos deusa e mais humana, talvez, quem sabe talvez, fosses alcançável.

Andas tu e teus pensamentos, uma dose de vodca, cigarro na mão. Embriagas assim teu público, perdidos entre teu charme e tua serenidade, entre a sua distância e a impiedade de sua beleza.

Dizem que o infinito é um dos deuses mais bonitos. Serás tu parte deste? Ou és tu o próprio em forma humana? Inspiras assim a eternidade, o uno, o logos.

Poderão os homens possuir-te fisicamente, mas se és eternidade como tais mortais tocarão o abismo de tua alma? Se os valores são formadores dos princípios, e se o caminho inverso é impossível?

Amo, pois, a ti, musa! Em todas as suas faces, deusa, diva, humana, mulher.

Rodrigo Santana da Fonseca Amorim.