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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

On the Road - Jack Kerouac


Relembrando o "movimento beat".

"(...) Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam (...)."

“(...) Mas, nessa época, eles dançavam pelas ruas como piões frenéticos, e eu me arrastava na mesma direção como tenho feito toda a minha vida, sempre rastejando atrás de pessoas que me interessam, porque, para mim, pessoas mesmo são os loucos, os que estão loucos para viver, loucos para falar, loucos para serem salvos, que querem tudo ao mesmo tempo, aqueles que nunca bocejam e jamais dizem coisas comuns, mas queimam, queimam, queimam como fabulosos fogos de artifício, explodindo como constelações em cujo centro fervilhante — pop — pode-se ver um brilho azul e intenso até que todos “aaaaaaah!” Como é mesmo que eles chamavam esses garotos na Alemanha de Goethe? Desejando ardorosamente aprender a escrever tão bem quanto Carlo, Dean, como é fácil imaginar, começou a envolvê-lo com aquela alma insinuante e amorosa que só mesmo um verdadeiro vagabundo poderia ter. (...)”
  
“(...) E percebo que não importa onde eu esteja, seja em um quartinho repleto de idéias ou nesse universo infinito de estrelas e montanhas, tudo está na minha mente. Não há necessidade de solidão. Por isso, ame a vida como ela é e não forme idéias preconcebidas de espécie alguma em sua mente. (...)”
  
Jack Kerouac

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Nosso Lar - André Luiz (Por Chico Xavier)




"A vida não cessa e a morte é um jogo escuro de ilusões
Fechar os olhos do corpo não decide os nossos destinos
É preciso navegar no próprio drama ou na própria comédia
Uma existência é um ato
Um corpo, uma veste
Um século, um dia...
E a morte, a morte é o sopro renovador...
Mas não vou sofrer com a ideia da eternidade
Há sempre tempo de recomeçar"





O LIVRO



   Nosso Lar é um dos livros psicografados pelo médium brasileiro Chico Xavier, que compõem uma coleção intitulada A Vida no Mundo Espiritual, atribuída ao espírito André Luiz. No movimento espírita brasileiro essa coleção é também conhecida como Série Nosso Lar.

   Clássico da literatura espírita brasileira, Nosso lar é um romance que versa sobre os primeiros anos do médico André Luiz após sua morte, numa "colônia espiritual", espécie de cidade onde se reúnem espíritos para aprender e trabalhar entre uma encarnação e outra. O romance levanta questões acerca do sentido do trabalho justo e dignificante e da Lei de Causa e Efeito a que todos os espíritos, segundo o espiritismo, estariam submetidos.

   A novelista Ivani Ribeiro teve o livro Nosso lar entre suas bases para escrever a novela A viagem, que até agora teve produzidas duas versões, ambas com sucesso e impulsionando a venda de literatura relacionada ao tema.

   Nosso Lar obteve o primeiro lugar entre os dez melhores livros espíritas publicados no século XX, segundo pesquisa realizada em 1999 pela "Candeia Organização Espírita de Difusão e Cultura"[1]).
Desenhos minuciosos e detalhados do mapa da cidade "Nosso Lar" assim como a arquitetura das edificações, ministérios e casas, foram criados pela médium Heigorina Cunha através de suas observações realizadas durante supostos desdobramentos (saídas do corpo) em março de 1979, conduzidas e orientadas pelo espírito Lucius. Estes desenhos serviram de inspiração para criar o visual arquitetônico da cidade que se vê na adaptação cinematográfica da obra, o filme Nosso Lar. Seus desenhos foram esclarecidos e confirmados por Chico Xavier de que se tratava realmente da cidade "Nosso Lar". A obra de Chico Xavier, também ganhou versão para o teatro, com direção de Gabriel Veiga Catellani.


Sobre André Luiz

   Segundo relatos mediúnicos, André Luiz teria sido, em sua última encarnação, datada do início do século XX, um médico sanitarista brasileiro que morou no Rio de Janeiro (algumas pessoas dizem que ele teria sido Carlos Chagas. Dentre estas pessoas está o suposto espírito Inácio Ferreira através da psicografia de Carlos A. Bacelli no livro "Na Próxima Dimensão").[2] "Habitaria", pelo menos à época em que ditou Nosso Lar a Chico Xavier, a "colônia espiritual" homônima à obra, "situada próxima ao Rio de Janeiro". Há obras de André Luiz posteriores à série que leva seu nome, a exemplo de Respostas da Vida, psicografado por Chico Xavier e publicado em 1976.

   Relativos a reencarnação anterior de André Luiz, o pesquisador e jornalista, Luciano dos Anjos, afirma que André Luiz, era o renomado neurologista Faustino Esposel.
Faustino Monteiro Esposel nasceu no dia 10 de agosto de 1888, na rua dos Araújos nº 10, bairro do Engenho Velho, cidade do Rio de Janeiro. Desencarnou na mesma cidade, às 17 horas do dia 16 de setembro de 1931, residindo então na rua Martins Ferreira nº 23, no bairro de Botafogo.
Era filho de João Paiva dos Anjos Esposel e de Maria Joaquina Monteiro (filha reconhecida, ou seja, não registrada oficialmente). Tinha cinco irmãos: Oscar, Noêmia, Mário, Adolfo e Carlos. Eram seus avós paternos: José Maria dos Anjos Esposel e Margarida Maria; e avós maternos: Isidro Borges Monteiro e Paulina Luísa de Jesus.

   Faustino Esposel casou com Odette Portugal Esposel, conhecida por Detinha, nascida no dia 6 de junho de 1900 e desencarnada no dia 5 de fevereiro de 1978. Era professor substituto da seção de neurologia e psiquiatria da Faculdade de Medicina, catedrático de neurologia na Faculdade Fluminense de Medicina. Foi ainda chefe do serviço da Policlínica de Botafogo e do Sanatório de Botafogo e médico da Associação dos Empregados do Comércio. E era também sanitarista, portador por concurso do título de docente de higiene da Escola Normal do Rio de Janeiro, na qual foi continuamente encarregado de cursos complementares. Fez os estudos primários na Escola Alemã, conhecia profundamente o idioma germânico, cursou durante alguns anos o externato Mosteiro de São Bento. Formou-se em 1910 em farmácia e em medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde defendeu tese sobre "Arteriosclerose cerebral", em que recebeu a nota de distinção.

   Entusiasta dos esportes e da educação física, Faustino Esposel foi presidente do Clube de Regatas do Flamengo, do Rio de Janeiro.


Bibliografia da Série André Luiz

 

Coleção A Vida no Mundo Espiritual

  1. Nosso Lar (1944);
  2. Os Mensageiros (1944);
  3. Missionários da Luz (1945);
  4. Obreiros da Vida Eterna (1946);
  5. No Mundo Maior (1947);
  6. Libertação (1949);
  7. Entre a Terra e o Céu (1954);
  8. Nos Domínios da Mediunidade (1955);
  9. Ação e Reação (1957);
  10. Evolução em Dois Mundos (1958);
  11. Mecanismos da Mediunidade (1960);
  12. Sexo e Destino (1963);
  13. E a Vida Continua... (1968);

Obras complementares

  1. Agenda Cristã (1948);
  2. Conduta Espírita (1960);
  3. Desobsessão (1964);


Sobre a obra

   Atualmente, o livro já possui mais de 1,5 milhão de exemplares vendidos. Os direitos autorais do mesmo foram doados por Chico Xavier à Federação Espírita Brasileira (FEB) em 1944.


Fonte: Wikipédia

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Revue Spirite - Léon Denis (1927)



LÉON DENIS (1846 - 1927)

Léon Denis, aprofundador das ideias de Allan Kardec, conduziu o farol para iluminar as consciências dos homens!!!
     
Com sua forte espiritualidade, engrandeceu a Doutrina  Espírita com o seu pensamento elevado, e suas obras nos mostram que somos seres do universo, temos grandes responsabilidades diante de Deus e de nós mesmos.
   
Trecho de uma comunicação de Léon Denis após o seu desencarne obtida em Tours, em 8 de julho de 1927, por incorporação:

“Minha prezada senhora Renée, a impressão que tivestes, pessoalmente, entre 8 horas e 9:15, na noite de 12 de abril é, naturalmente, em decorrência do êxtase, do desdobramento, da alegria, do deslumbramento e da luminosa vertigem que eu mesmo senti, trocando de mundo.


Da vida terrestre, com seu movimento orgânico, à vida do espaço, com sua sensação radiosa, há forçosamente, na mudança das situações, um ponto morto que fica em suspensão, em maior ou menor tempo, conforme a evolução, estado da alma e a observação do indivíduo.


Após o momento em que pararam os órgãos que animavam meu pensamento humano, no minuto em que despertei para a luz do Além, tive uma espécie de sonolência, de sono hipnótico.  Sentia-me como que entorpecido por condensações de vapor, que formavam em torno de mim algo como um casulo fluídico.

Meus queridos e bons guias trabalhavam; depois, minha respiração deixou meu envoltório carnal e, como um débil fio, desligou-se sem choque. Senti, então, todo o meu ser dilatado, vaporoso, atraído como por mãos invisíveis, que não eram senão os pensamentos de meus guias.

Esses pensamentos se concretizavam e tocavam meu espírito sob a forma de emanações luminosas, refletidas pelo perispírito de meus entes queridos desencarnados.

Eu flutuava em derredor deles como o pássaro que sai do ovo, mas que é frágil e dá seus primeiros passos em vossa Terra. Havia deixado minha casa carnal e ensaiava as primeiras evoluções no Mundo da Luz, domínio maravilhoso criado por Deus. Mais do que nunca, meus amigos, sei agora que todo ser humano rompe sua carcaça física com maior ou menor dificuldade, de acordo com a sua evolução e conforme o grau de fé e de confiança que tenha na bondade e na justiça de Deus.”

Léon Denis
(Revue Spirite, outubro de 1927)