Eu não sei por que as pessoas se preocupam tanto de eu passar tanto tempo em meu quarto. Ora, aqui eu tenho meus livros, meu violão e minhas reflexões. O que mais essa vida tem a me oferecer? Se apenas nesses poucos metros quadrados minha consciência é mais livre, meu mundo mais consistente e minha vida mais plena.
Aqui eu já sorri, aqui eu já chorei, aqui eu já vivi e aqui eu quiz morrer. Aqui já fui herói e covarde, vencedor e derrotado. Por mais que eu seja sociável fora daqui, nesse pequeno mundo particular meus anseios, minhas lembranças, meus medos e minhas glórias se unem à minha consciência, e, como resultado, uma profusão de pensamentos.
Por mais incrível que pareça, na grande maioria das vezes, não sinto falta do mundo exterior. Quem responderá às minhas incertezas senão eu mesmo? quem me convencerá de algo senão eu próprio?
O que é o mundo senão o resultado de suas percepções? Qual inimigo é mais perigoso que você mesmo? Vença a si próprio, e depois vença o sistema. Domine a si mesmo, e então evolua.
Meu quarto pode ser pra mim gande o suficiente. Sendo o mundo pequeno demais aos meus convencimentos. Seria aqui, pois, o local ideal para minha partida.
Rodrigo Santana da Fonseca Amorim.
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