Lília
é de uma família rica de São Paulo e termina o namoro com o filho chato da
amiga da mãe. Tia-avó Ninota aparece na cidade e como o clima familiar anda pesado,
o pai sugere que Lília viaje com a tia para Ouro Preto. Lília vai e descobre, fascinada,
uma cidade mágica. Conhece as "Tetetês", 3 garotas cujos nomes
começam com T. Elas participam de um grupo de teatro de bonecos, liderado por
Dirceu. Lília e Dirceu se envolvem e começam um namoro, em meio às descrições
históricas da cidade e paralelos entre seu amor e do poeta árcade Gonzaga e sua
amada Dorotéia.
A
mãe de Lília a leva de volta à força para São Paulo, mas uma forte interferência
de tia Ninota faz a mãe de Lília perceber que é melhor deixar a filha decidir
seu próprio destino. O despertar de um amor verdadeiro no coração de uma
adolescente que revive, no século 20, em Ouro Preto, um amor atormentado do
Brasil do século XVIII. Um amor puro, de entrega, que vence a barreira do preconceito
racial.
O autor
Ganymédes José
Nasceu em Casa Branca,
no interior de São Paulo, em maio de 1936. Formou-se professor em sua cidade,
fez Direito na PUC de Campinas e cursou Letras na Faculdade de São José do Rio
Pardo. Desde cedo, começou a juntar coisas no coração: pedaços do mundo (sua
cidade, por exemplo, cabia inteira), gente, muita gente, livros, músicas...
"Gosto de paz, silêncio, plantas, animais, amigos, honestidade, escrever,
música, alegria, fraternidade, compreensão...", escreveu certa vez.
Retornando à sua cidade, depois de
formado, o menino escritor deixou de ser menino. E não parou mais de escrever.
Datilografava só com três dedos, o que não o impediu de nos deixar mais de 150
obras. É livro para todos os gostos: de mistério, humor, histórico, romântico,
infantil, juvenil... Em todos, o mesmo fio condutor, a mesma energia vital: o
amor à juventude. Teve obras premiadas pela APCA (1975, Melhor Livro Infantil)
e pela Prefeitura de Belo Horizonte (1982, Prêmio Nacional de Literatura Infantil
João de Barro).
No dia 9 de julho de 1990, quando
Ganymédes se preparava para o lançamento de Umaluz no fim do túnel - mais
uma grande prova de amor ao jovem - seu coração, aquele cheio de pessoas e
coisas bonitas, parou repentinamente de bater. E tudo quanto ele amava levou
embora, dentro do peito. Mas no que acreditava ele deixou aqui: seus livros.
Reconfortante é saber que, através de sua obra, ele permanecerá cada vez mais
vivo.
Ouro Preto - A grande inspiração do autor
Quando te emprestei "A ladeira da Saudade", não imaginei que um amor entre dois jovens, passado em Ouro Preto, contrastando com a estória de Tomas Antônio Gonzaga e Maria joaquina Doroteia Seixas iria te contagiar tanto...dois finais tão diferentes... Lília e Dirceu ficaram juntos e Gonzaga e Doroteia foram separados. Gonzaga foi exilado, mandado para a África onde conheceu uma fazendeira rica e com ela se casou não mais retornando ao Brasil. Doroteia...ahh, essa nunca amou outro homem, morreu acreditando na volta de Dirceu e no seu funeral vestiram-lhe seu vestido de renda branca e colocaram-lhe o arranjo de laranjeiras no cabelo...o que usaria no seu casamento com Dirceu...
ResponderExcluirTalvez a felicidade, em sua plenitude, não fora feita para esse plano. Evolução... eis o nosso fim aparente. Certamente Deus dará uma nova chance ao casal. O romance foi simplesmente irrepreensível. Nota 10!
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