Um telhado rodado, de tão belo, que era perfeito;
mas imperfeito ao ponto da água ali penetrar;
um lugar imponente onde a felicidade não habitava;
frio e triste demais para alguém morar.
Uma rua estranha, escura e quiçá perigosa;
e poderosas energias que habitavam aquele lugar;
encontrava-se uma criança estranha e serena;
me aproximo e indago sem medo do que vou falar.
Por favor, eu sei que você pode vê-la;
eu mesmo sinto sua energia nesse lugar;
pois aquela presença tão forte, tão nobre e tão perigosa;
me desespera e me lembra de um tempo que não vai voltar.
Pois lhe diga que eu também sofri e que também chorei,
mas que siga o caminho da sua libertação;
pois de outra forma aquela angústia que lhe atormenta;
jamais dará uma trégua a seu coração.
E a garota estranha que olhava fixamente;
volta-se pra mim e sussurra com convicção;
ela diz que não pode ter paz em seu coração;
que o desespero, a angústia, e o escuro a fazem chorar...
Diz também que se alimenta de sua energia;
mas que ela nada mais é do que proteção;
que jamais te esqueceu um só segundo;
e te aguarda pra um recomeço e outra emoção.
Rodrigo Santana da Fonseca Amorim, O Telhado (15/09/2011)
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