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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Os Teus Olhos Não Me Surpreendem


Não é fácil viver como um grego em meio à troianos;
sentir o que sinto ao te ver que só queres o melhor;
que da vida, o queres e o que sentes é irrelevante;
e que no máximo uma vida de sombras é pra ti o melhor.
É triste saber que ante as flores há um caminho de espinhos;
mas que é simples, pois a natureza assim te ensinou;
É óbvio, mas é a verdade que pra ti é imposta;
sinto muito, mas sinto que isto não é o amor.
Vou falar dos caminhos, das flores, e até dos amores;
que pra mim tudo isso é feliz se não fosse você;
pois eu vejo em teus olhos, teus gestos, que não te procuro;
e que és uma faceta da vida falando de amor.
Imperioso é falar da verdade, das coisas da vida;
és feliz por seres alguém que consegues o pouco que quer;
que da vida, tudo o que vês é impressionante;
que a beleza nada mais é do que uma mulher.
Tenho pena da tua alma e do teu destino;
que não enxergas além de um palmo da tua razão;
razão essa que te faz outra vez vítima da vida;
então não venhas falar de verdades do teu coração.
Que eu falo de um universo que tu desconheces;
mas sinto muito, pois na verdade tu és meu irmão;
que a ausência de paz é uma treva que me enlouquece;
mas ao menos caminho rumo à verdade de minha razão.

Rodrigo Santana da Fonseca Amorim, Os Teus Olhos Não Me Surpreendem (03/04/2011)

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